Richard Wagner Silva Habib


Escritor, poeta, ceramista, muralista, pintor, escultor, gravurista e desenhista Richard Wagner, assim definimos o artista grapiuna Richard Wagner.

Um polêmico artista multimídia e que teve projeção em diversos países, mas optou por viver seus  últimos anos no Sul da Bahia, no eixo Ilhéus-Itabuna. Ele considerava que o "meu trabalho tem a forma, e propõe a forma", o que definia um estilo pessoal.

Ele também destacava que os seus trabalhos constituíam um painel abstracionista intrigante, que “desafia a imaginação do espectador! Cada obra tem carga de emoção onde quase não há lugar para razão. Cada obra é um desafio constante a ser explorado!”, argumentava.

Wagner, que era filho do famoso entomologista Pedrito Silva, um dos pioneiros no estudo do controle biológico de pragas e um ex-piloto da RAF na Segunda Guerra Mundial, começou a sua carreira em 1966, com uma exposição individual em Itabuna, sua terra natal. No ano seguinte, ele participou de uma coletiva e depois de uma exposição individual na Melik Galeria de Arte, em Salvador.

Em 1968, ele participa de exposições individuais nas Universidades de Bonn, Hamburgo e de Berlim, na Alemanha e em 1969, realiza uma exposição na J. Anderson Gallerie, em Washington, DC, nos Estados Unidos, com uma ampla receptividade pela critica;

No ano seguinte ele volta ao Brasil e expõe na Melik Galeria de Arte em Salvador e em 1971, participa de uma mostra individual no Banco Mercantil do Brasil, São Paulo e depois de uma individual no Banco Halles, na capiatl Paulista – São Paulo;

Em 1972 realiza uma mostra individual Espaço Cultural Janda, em São Paulo e de uma coletiva no Paço as Artes – São Paulo, seguindo para o Peru, onde expõe na Galeria Soles, em Lima. Em São Paulo ele também realiza uma exposição individual na Galeria Opus.

Além de participar Coletiva de Artistas Plásticos em Brasília, Richard Wagner participa em 1974, de Coletiva de Artistas Latino-americanos de Arte Moderna na Biblioteca Nacional de Montevidéu e de uma outra exposição de Artistas Latinos no Cassino de Punta Del Este, no Uruguai. Também a convite participa de uma bienal de cartazes em South-Yara, na Austrália e de uma individual no Salão Nobre da O.E.A., em Washington, nos Estados Unidos.

No ano de 1975, ele dividiu o seu tempo entre a América e Europa, com exposições no Instituto de Arte Moderna de Chicago e depois, integrando o “Grupo dos Quatro” com outros artistas emergentes na época expôs na Pallos Verdes Gallerie, na Menphis Gallerie e no First American Bank, Nashville, Tenessee; na Sanssone, São Francisco e na Califórnia American South Gallerie, no Novo México, nos estados unidos, partidno depois para uma individual na Galeria Studio Marconi em Milão – Itália, onde expôs trabalhos em óleo sobre tela e em bico de pena.

No período de 1976, ele realizou mostras individuais em Paris, na França; Madri, na Espanha e em Dresdren, na Alemanha e a convite participa do II Salão Campo Limpense de Arte, onde conquistou um Prêmio de Aquisição. No ano seguinte, realiza uma Individual no Cavalete Galeria de Artes em Salvador e depois de Coletiva na C.C.L., em Londres, na Inglaterra e a convite participa de uma Coletiva na Câmara de Cultura de Santa Fé, em Mato Grosso do Sul.

O ano de 1977 teve ele realizou uma retrospectiva com o titulo Proposta Polêmica sobre neosurrealismo, no Clube Monte Líbano, São Paulo, onde abriu uma ampla polêmica com a critica especializada. No ano seguinte, participou do III Salão de Arte de Amparo, em São Paulo , bem como de mostras individuais na Galeria de Artes Credicard, na capital paulista; na Galeria Batia Granou Artes, em Paris, França e Cannig House, com a Chancela da Embaixada do Brasil, em Londres, seguindo daí para Glasgow, Escócia onde participou de uma mostra figurativa e de uma exposição na Érika Leh’s Art, Stuttgart, na Alemanha.

Em 1979, ele participa de exposições individuais em seis países europeus e no ano seguinte segue um roteiro latino-americano com uma individual na Galeria Partes, no Panamá; nas galerias Quintero Barraguila e Bel Viver , seguindo para uma mostra na Lar’s Reserve Fine Art’s Vacouer,no Canadá e encerrando com uma ndividual no Salão Manoel Chaves, em Itabuna.

A partir dos anos 80 ele se afasta da pintura e parte para outras experiências no campos das artes plástica, mas realiza em 1981, mais uma individual na Tempra Finnari Art’s, em Londres, na Inglaterra e em 1982 expõe em Salvador, Maceio e Studium Galeria de Artes, em Itabuna. 


Painel Esculpido em Madeira de Lei " O Caboclo da Mata" 1987




Painel Esculpido em Madeira de Lei " A Rainha do Mar" 1987


Em 1983, executa no eixo Itabuna – Ilhéus exatos 972 painéis, afrescos, vitrais. murais em cimento, cerâmica, argila, resinal de polyester, granito e entalhes , um trabalho que passa a ocupar todo o seu tempo e em 1995 passa a pesquisar novos materiais como o Inox, assim como outros materiais inusitados.

Em 1996 instala uma escultura na praça principal resort hotel Tororomba, em Olivença, com lago e efeitos de fonte luminosa. Há ainda a confecção de um painel de quatro faces acima dos prédios do hotel com motivos exclusivamente ecológicos, ainda executa em frente ao lago, 2 dinossauros gigantes.

A partir daí passa a executar projetos em residências e hotéis na região, trabalhando em cerca de 130 casas e 18 hotéis com execução de decoração de interior assim como móveis e paisagismo dos mesmos. Em 1998 instala uma escultura com mais de 8 metros de altura, à frente do Opaba Praia Hotel, em Ilhéus.

Porto Seguro, executa em 1999 e 2000, toda a parte artística do Porto da Naus Praia Hotel. Como 120 telas a óleo nos quartos e salões, além de vários murais em gesso e cimento, atividades que o afastaram de certa forma da pintura, mas que absorveram a sua criatividade e uma capacidade de workaholick. Com a sua morte em 2015 a região sul da Bahia perde um grande artista e eu perco um amigo.  (Kleber Torres).



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